Nascido no dia 3 de março de 1953 numa família de
craques, entre eles Eduzinho, o Edu, que jogou no América nos anos 60 e
70. Em agosto de 2011, o Galinho aceitou dirigir o selecionado do
Iraque, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, que será
disputada no Brasil.
No entanto, em 27 de novembro de 2012, alegando atraso em seus salários, o Galinho pediu demissão do cargo.
Zico
chegou ao Flamengo no começo dos anos 70. "Fico feliz por ter levado o
Zico para o Flamengo, meu time de coração. Eu fui assistir ao jogo de
uma equipe de meninos chamada River e fiquei surpreso com a atuação do
Zico. Ele marcou 12 gols naquela partida. Senti que ele era um jogador
com muito potencial. Falei com o pai dele, que também era um rubro-negro
roxo, e o Zico foi para o Flamengo", conta o jornalista Celso Garcia.
O
franzino e pequeno carioca foi submetido a um trabalho especial para
fortalecer sua musculatura e assim ganhar realmente chance no time
profissional. Habilidoso, Zico era um meia diferenciado. Ótimo cobrador
de faltas, preciso nos arremates, driblador e bom lançador, ele se
tornou um dos maiores craques do Brasil nos anos 70 e 80.
Muitos
entendem que Zico é um "injustiçado" por não ter um título mundial com a
seleção brasileira. Em 1982, ele esteve bem perto da conquista, mas o
Brasil, que era sensação do Mundial da Espanha, foi derrotado pela
eficiente Itália do implacável Paolo Rossi, autor dos três gols da
Azzurra na vitória por 3 a 2.
Em 1986, Zico teve nova chance de
defender a seleção brasileira em uma Copa do Mundo. No entanto, as
sérias contusões no joelho deixaram o meia bastante debilitado. Mesmo
assim, Zico recebeu a confiança do técnico Telê Santana que o levou para
o México.
Reserva no time de 86, o Galinho ficou marcado naquele
mundial pelo jogo contra a França, na fase quartas-de-final. Naquele
jogo, Zico entrou no segundo tempo e deu um passe primoroso para o
lateral-esquerdo Branco, que driblou o goleiro Bats e sofreu pênalti. A
partida estava empata por 1 a 1. Zico bateu a penalidade e Bats
defendeu. O jogo foi para a prorrogação e depois para a disputa de
pênaltis, onde o Brasil perdeu para a França e foi eliminado da Copa.
Mais uma "injustiça" com um time dirigido por Telê Santana e,
principalmente, com Zico. Na sua história com a camisa canarinho
principal, Zico marcou 66 gols em 88 jogos (65v, 19e e 4d). Pelo escrete
olímpico, foram apenas cinco jogos (3v, 2e) e anotou um único gol no
dia 11 de dezembro de 1971, na vitória de 1 a 0 sobre o Peru.
No
Flamengo, tirando as contusões sofridas, Zico não pode ser lembrado por
momentos tristes. Muito pelo contrário. Com a camisa do rubro-negro,
marcou 502 gols em 727 jogos (428v, 180e e 119d) segundo o Almanaque do
Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins, conquistou vários títulos
(entre eles, o Mundial de 81 e os Brasileiros de 80, 82 e 83 e a Copa
União de 87). "Fui muitas vezes ao Maracanã só para ver o Zico, meu
principal ídolo no futebol", conta a atriz Malu Mader.
Entre 1983
e 1985, o Galinho atuou pela Udinese, da Itália. Mesmo em uma equipe
considerada sem muita expressão, Zico brilhou e foi ídolo na Itália. No
final dos anos 80, ele se transferiu para o futebol japonês e mais uma
vez não decepcionou. Foi grande ídolo, o maior de todos, da história do
Kashima Antlers.
O Galinho foi premiado pela Revista Placar com Bolas de Ouro e de Prata em 1974, 1975, 1977, 1980, 1982 e 1987.
Casado
com Sandra, o eterno camisa 10 da Gávea tem três filhos: Júnior, Tiago e
Bruno, além de um neto nascido no primeiros meses de 2008.
Um
dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e um grande
símbolo do Flamengo, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, está ganhando
status na carreira de treinador.
Em outubro de 2002, assumiu o
comando técnico da seleção do Japão. Lá ficou até junho de 2006, quando
entregou o cargo após ser elimado na primeira fase da Copa da Alemanha. O
Japão caiu no grupo F do Mundial, ao lado de Brasil Croácia e
Austrália. Perdeu a primeira partida para o time da Oceania, de virada,
por 3 a 1, empatou em 0 a 0 com a Croácia e foi goleado por 4 a 1,
também de virada, pelo Brasil.
Sob seu comando, além dessa
goleada na copa do mundo, os japoneses já tinham enfrentado a Seleção
Canarinho, obtendo um empate em 2 a 2 com a equipe de Parreira.
Em
julho de 2006, logo após o Mundial da Alemanha, Zico assumiu o comado
do Fenerbahçe, da Turquia, substituindo o alemão Christoph Daum. No dia 3
de junho de 2008, agências chegaram a divulgar a contratação de Zico
pelo Manchester City. Mas o time inglês, na última hora, decidiu acertar
com Mark Hughes. Em setembro de 2008, o Galinho recebeu uma proposta
irrecusável para dirigir o obscuro Bunyodkor, do Uzbequistão, que tinha
contratado no mês anterior o pentacampeão Rivaldo, e aceitou.
Em janeiro de 2009, Zico transferiu-se para o
C.S.K.A de Moscou (Rússia). Depois de uma boa campanha no time russo, o
Galinho foi treinar o Olimpyacos, da Grécia.
Em maio de 2010, o maior ídolo da Nação Rubro-Negra
voltou ao clube para ser diretor executivo de futebol, porém depois de
alguns problemas com o rendimento do time, o casamento entre o craque e o
Mengo acabou no dia 1º de outubro do mesmo ano.